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Expert Restaurantes Empresariais
03/10/2019

As redes sociais e seu impacto no nosso cotidiano. Como equilibrar?

 

As mídias sociais possibilitam a interação entre as pessoas de uma maneira que jamais foi vista antes. Você pode encontrar um amigo de infância, conhecer novas pessoas, novos lugares, ter uma posição crítica referente a hospedagens e gastronomia não por ter vivenciado, mas pela experiência que elas proporcionam aos seus usuários através dos posts dos seus amigos.

A revolução no modo de se relacionar impactou também a maneira de se fazer campanhas para doação de sangue, alimentos ou arrecadação de valores através das ‘’vaquinhas’’ virtuais, onde há financiamento colaborativo para fazer o bem ao próximo. É valido levantar estas questões pois muitas pessoas, em sua maioria da geração X, possuem um preconceito quanto a estas plataformas, devido as muitas notícias sobre invasão de privacidade, tendo em visto que cresceram em uma época onde as pessoas eram mais reservadas.

Já a geração Y se adaptou muito bem as mudanças no modo de se comunicar, o fato de poder encontrar um amigo de infância no ‘’Face’’ ou caminhar pela rua em que morou quando tinha 7 anos de idade através do Google Maps trouxe uma nova maneira de ver o mundo, sem tantas amarras, gerando também novas possibilidades. Alguns dizem que a geração Z sabe utilizar o aparelho celular desde o primeiro sopro de vida, não há um bebê se quer que não fique com os olhos brilhando ao ver seu pai e sua mãe mexendo no celular, os dedos ficam espertos e logo já sabem fazer a rolagem na tela, questão essa, que gera muitas discussões sobre a idade correta de iniciar a imersão no mundo da tecnologia.

Diante dos dados apresentados referente ao aumento do conteúdo relevante nas mídias sociais, não é de se espantar o quanto as empresas têm investido em seus conteúdos nestas, interagindo com seus clientes não apenas para obter feedback dos seus produtos e/ou serviços oferecidos, mas também para identificar as reais necessidades do seu público alvo.

De acordo com um artigo publicado em junho de 2018 pelo G1, as empresas tem cada vez mais analisado os perfis de seus candidatos através das Redes Sociais, que podem ser eliminados dos processos seletivos de acordo com o conteúdo que publicam, as páginas que curtem e a linguagem que utilizam para se comunicar pois as empresas entendem o peso que as mídias sociais possuem para fazer com que elas sejam impulsionadas e alcancem mais clientes como também, pelo comentário ou postagem de um ‘’meme’’ remetendo um desacordo com as opiniões de seu gerente podem viralizar da noite para o dia, ocasionando um declínio que dificilmente poderá ser revertido quanto á imagem da empresa perante a sociedade.

Diversos estudos médicos indicaram que parte da problemática em torno da ansiedade ou do mal do século denominado ‘’depressão’’, se dá por conta do uso excessivo das redes sociais. As pessoas estão dormindo menos pois não se dão conta de que ficaram 3 horas curtindo fotos e vendo stories no Instagram, ou que a rolagem pelo feed de notícias do Facebook servindo como um escape dos problemas que tiveram no seu dia e fizeram com que o famoso ‘’só 10 minutos’’ se tornasse, de repente, mais de uma hora e meia.

A plataforma Instagram, é grande adepta das causas relacionadas a saúde do seu público. Recentemente, ativou uma função que oferece ajuda quando os termos ‘’ansiedade’’, ‘’depressão’’ e ‘’suicídio’’ são pesquisados. “Publicações com as palavras ou tags que você está procurando muitas vezes incentivam um comportamento que pode fazer mal a uma pessoa. […] Se você está passando por uma situação difícil, gostaríamos de ajudar”, orienta a rede social. Esse mecanismo tem aberto os olhos de muitas pessoas, principalmente jovens, por verem que não estão sozinhos e passam pelas mesmas lutas que muitas pessoas ao seu redor.

Os adoecimentos da alma sempre existiram, em todas as gerações, mas nesta era tecnológica ocasionou uma perda da jornada, pois, o caminho que se faria em um ano, através das redes sociais podem ser feitos em 10 minutos. Há a positividade da tecnologia e da globalização, as nações se conectam em um click, e o fato de adquirir muitas informações de maneira muito rápida, fazem com que não tenhamos capacidade cognitiva para administrar tudo isso da melhor forma.

O psiquiatra Augusto Cury afirma que uma criança de 12 anos hoje possui um nível de informação muito maior que um imperador romano em sua época. A timeline gera ansiedade e stress sendo que o tempo médio que um brasileiro fica conectado diariamente é de 9 horas, fazendo com que o off-line não exista, passando mais tempo no celular do que dormindo. É importante ressaltar que estamos cada dia mais conectados ao mundo tecnológico do que aos acontecimentos ao nosso redor, aos abraços, sorrisos e relacionamentos palpáveis, e estes ainda correm grande risco de serem extintos, pois se ao postar uma self o indivíduo não receber as curtidas que acha que seriam de acordo com seu status, em um click os relacionamentos reais são desfeitos, os familiares são deixados de lado pelo fato de possuírem opiniões políticas diferentes e que foram expostas nas redes, e tudo isso mostra o poder que as mídias possuem sobre essa geração pós moderna.

Há de se convir que a tecnologia e a globalização são cruciais para o desenvolvimento de um país pois hoje todo mundo pode ter acesso a informação que deseja e o esforço impelido nessas ações é mínimo, porém, em uma sociedade onde os jovens se suicidam por não terem ‘’agradado’’ os mais populares da faculdade, pelo fato de não se adequarem ao mundo perfeito criado através das selfs no Instagram, gerando superficialidade nos relacionamentos.

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